MEMBROS DO SINPREFI DEBATEM DEMANDAS DOS PROFESSORES E PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
Foi realizada ontem (3), reunião entre SINPREFI e professores e profissionais da Educação das escolas de Educação Especial para debater as demandas da categoria. O encontro, que ocorreu através de plataforma on-line, contou com a participação de 11 professoras, além da presidente do sindicato, Marli Maraschin de Queiroz, da diretora de política sindicais, Viviane Jara Benitez e a diretora pedagógica, Elaine Cardoso Teotônio. O objetivo principal era a elaboração de uma pauta municipal de reivindicações para o seguimento.
Neste contexto, muitas questões das escolas da modalidade foram trazidas, tais como:
– a falta de acessibilidade aos cursos de formação, o que garantiria o avanço promocional previsto no Plano de Carreira;
– a falta de material didático e tecnológico, o que exigiria dos profissionais buscar formas próprias de captação de recursos, sobrecarregando ainda mais um cotidiano já conturbado;
– a infraestrutura das escolas, que muitas vezes é desvalorizada em prol das escolas regulares;
– a dificuldade de acesso ao atendimento feito pelo SUS por profissionais da saúde, como: fonoaudiólogos, psicólogos, psicopedagogos, neurologistas, porque nos moldes que vem sendo disponibilizado não atende a demanda;
– a subvenção destinada às escolas da modalidade não ser suficiente para manter o funcionamento das unidades, obrigando os profissionais a promoverem, constantemente, eventos de todo tipo para angariar fundos.
Uma das participantes, professora Antonella Gessi de Lima, inclusive, ressaltou: “Um aluno não é apenas da escola, mas sim do município, precisamos de um olhar que não seja privilegiado, porém igualitário”.
Dentro do Ensino Regular, também verificou-se que a Classe Especial passa por inúmeras dificuldades: por ser excluída das demandas; pelo excesso de trabalho, pois muitos alunos ficam aguardando vagas; e pelo fato de a divisão dos recursos ser definida por pessoas que não estão em contato com os alunos e não sabem do que eles realmente necessitam.
O objetivo do SINPREFI, nessa reunião, que se intenta ser a primeira de muitas, foi um contato mais próximo com as dificuldades e angústias dessa classe tão importante ao ensino brasileiro e que também corre riscos constantes pela falta de recursos e desvalorização.
Um dos pontos trazidos pela presidente, Marli Maraschin de Queiroz, inclusive, foi o da falta de capacitação dos profissionais que lidam com os alunos especiais nas salas de aula regulares, pois no lugar de alguém especializado, muitas vezes são estagiários e suplementares de carga horária quem arcam com a responsabilidade.
E por fim, foram debatidas algumas formas de incluir as demandas dos professores e profissionais da Educação das escolas de Educação Especial no documento da Lei do Plano de Carreira do Magistério. Uma das sugestões seria um Plano de Carreira com cláusulas que contemplem as especificidades da Escola Especial.
A videoconferência teve início às 17h30 e começou com a fala da presidente do Sindicato, salientando a importância da participação e a intenção de escutar todas as demandas. O encerramento da reunião se deu por volta das 19h.

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