As questões levantadas nas Assembleias Regionais convocadas pelo SINPREFI – que não têm relação direta com o Plano de Carreira do Magistério – foram apresentadas à SMED pela presidente do SINPREFI, Maria Rice, pela diretora pedagógica do sindicato, Elaine Ribeiro e por uma comissão formada por professores, coordenadores e diretores de Escolas Municipais.

As Assembleias Regionais do SINPREFI terminaram na última sexta-feira (04), na Escola Elenice Milhorança. Já na segunda-feira (07), os representantes do SINPREFI e das escolas foram recebidos pela diretora de Ensino Fundamental da SMED, Eliziane Diesel Rodrigues. A reunião durou cerca de duas horas.

Os debates giraram em torno:
– dos livros de chamada
– dos alunos com dificuldade de aprendizagem, não diagnosticados
– da falta de professores
– da saúde do professor (atestados)
– dos cursos de formação de professores
– do recreio interativo
– da programação para o dia 19 de maio
– dos livros x apostilas
– e das aulas de robótica

• Livros de chamada
A comissão informou que muitos professores dizem estar sobrecarregados, porque os livros de chamada foram entregues com atraso de meses. A diretora da SMED justificou que a gráfica que venceu a licitação não é de Foz do Iguaçu e que houve necessidade de, pelo menos, oito revisões do conteúdo, o que atrasou a impressão.
Em relação à preocupação dos professores com o preenchimento de vários livros de chamada em atraso (ao mesmo tempo), Eliziane Rodrigues esclareceu que os erros eventuais, em livros de chamada, são aceitáveis, desde que haja uma justificativa escrita no campo das observações. O que não pode ocorrer, em hipótese alguma, é RASURA.
Ela esclareceu que o livro de chamada é um documento adotado pelo município de Foz. Eliziane anunciou ainda que, para o ano que vem, existe projeto de livro de chamada on-line para oito escolas inicialmente.
Também foi tratado sobre os critérios de avaliação de alunos e a diretora da SMED esclareceu que é preciso focar no que o aluno fez, no que ele produziu na escola e, não, naquilo que ele não fez – ampliando as possibilidades de avaliação.

• Alunos com dificuldade de aprendizagem
O apontamento da comissão é de que a demora é muito grande para prestar atendimento especializado a alunos indicados pela escola por apresentarem alguma dificuldade de aprendizagem. Os diagnósticos médicos chegam com muito atraso. Isso prejudica o dia a dia na escola e gera preocupação com o bem-estar do aluno e da família.
Eliziane reconheceu a situação e disse que defende a presença de uma equipe multidisciplinar dentro da escola. Segundo ela, a busca urgente é por um concurso com vagas para psicólogos educacionais, que atuem em longo prazo, juntamente com outros profissionais.

• Falta de professores
Eliziane relatou que assinou, recentemente, 105 chamamentos para professores – em que será dada prioridade para as escolas que estão sem professores desde o ano passado, especialmente, na região do Porto Meira. O apelo da presidente do SINPREFI, Maria Rice, é que “os educadores que estão fora das funções, em outras secretarias que não a de educação, voltem para a sala de aula, já que os coordenadores estão sendo sacrificados para fazer substituições.” A estimativa do SINPREFI é que haja uma lacuna de, pelo menos, 80 professores na rede pública municipal de Foz.

• Saúde do professor
A comissão relatou que muitos professores estão doentes e não apresentam os atestados para evitar danos às escolas – que já estão com falta de profissionais – e para evitar prejuízos aos alunos. Além disso, o número alto de atestados pode afetar a assiduidade e gerar perdas salariais.
Em relação aos treinamentos promovidos em defesa da saúde do professor, no PTI, a comissão elogiou o trabalho de alguns profissionais e a diretora de Ensino Fundamental disse que haverá continuidade.

• Cursos de formação de professores
Foi apontado que houve coincidências em dias de formação de professores do 1º e do 5º ano, o que dificultava o revezamento entre os professores, nas escolas. Eliziane Rodrigues informou que já tem conhecimento dessa situação e que os casos foram revistos. Além disso, os cursos não serão mais em dias contínuos.
Ela esclareceu ainda que os cursos promovidos pela SMED não são obrigatórios, mas que quando se trata de cursos de orientação (para diretores, coordenadores, etc.) existe obrigatoriedade sim, pois o chamamento é feito via convocação.
Para o ano que vem, o projeto da diretora da SMED, é promover a formação para todos os profissionais das escolas na primeira semana de fevereiro.
A comissão do SINPREFI apresentou a proposta para que as formações feitas em ‘grupos de estudo nas escolas’ sejam consideradas quando se trata de avanço na carreira por formação. O tema seguirá para análise e a orientação dada por Eliziane é que seja adotado o modelo usado no PTI, que é o envio de projetos e os mesmos têm que ser aprovados pela equipe do NTM.

• Recreio Interativo
A comissão relatou que o recreio interativo – obrigatoriedade recente no município – estaria reduzindo o número de acidentes envolvendo as crianças, nas escolas, porque há sempre um adulto supervisionando. Entretanto, não é para ser cortado o recreio do professor. Em momento algum foi difundido isso pela SMED. Ex: quem está em hora atividade, faz as atividades com os alunos na hora do recreio.

• Dia 19 de maio
Eliziane Rodrigues reiterou que o dia 19 de maio de 2018 foi definido como dia em que os alunos farão atividades para apresentar para a família e que os profissionais da área da educação e o SINPREFI devem auxiliar para que isso seja cumprido.

• Apostila x livro didático
A diretora de Ensino Fundamental questionou se os professores gostariam que a SMED continuasse fornecendo apostilas ou se preferem trabalhar apenas com livro didático e pediu que haja um posicionamento da categoria em relação a isso.

• Aulas de robóticas
Eliziane Rodrigues anunciou que, no segundo semestre deste ano, seis Centros Escola-bairro do município terão aula de robótica.

Ao fim da reunião, a diretora de Ensino Fundamental do município, Eliziane Diesel Rodrigues incentivou a continuidade dos trabalhos dessa comissão. A diretora pedagógica do SINPREFI, Elaine Ribeiro, concluiu que: “A reunião foi muito importante, porque conseguimos levar os anseios dos professores e dos profissionais da área da educação até a pessoa que pode nos ajudar a resolver”. #SINPREFI #AssembleiasRegionais #Luta

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