TRÂMITES INTERNOS SOBRE SUSPEITA DE ERRO MÉDICO NO CASO DA EX-PRESIDENTE DO SINPREFI, VIVIANE JARA BENITEZ, AINDA NÃO FORAM CONCLUÍDOS
A atual presidente do Sinprefi, Viviane Dotto, e a assessora jurídica do Sinprefi, e advogada representante da família de Viviane Jara Benitez (em memória), dra. Solange Machado, retornaram ao Hospital Municipal Padre Germano Lauck, na manhã desta segunda-feira (17), para saber o resultado do Processo Administrativo (PAD) e da sindicância abertos para apurar os fatos relacionados ao caso da ex-presidente do sindicato.
Apesar da previsão de conclusão para o dia 17, os processos internos ainda não foram concluídos. De acordo com o diretor-presidente do Hospital Municipal, André di Buriasco e com o advogado, Diogo Tavares Gomes e Silva, serão encerrados ainda esta semana. A justificativa pelo atraso foi de que algumas pessoas que precisavam ser ouvidas tiveram dificuldade de conciliar a agenda prontamente.
A sindicância foi iniciada dois dias após o falecimento da Viviane Jara, em 28 de fevereiro deste ano. Segundo André, mais de 20 profissionais da saúde foram ouvidos até agora. Além disso, a comissão responsável por acompanhar os processos internos foi substituída e novo advogado foi chamado para dar continuidade por conta do período de férias do advogado inicial. O médico responsável pelo caso, foi intimado a comparecer na oitiva do processo administrativo, mas não apresentou defesa. Ele está afastado das atividades do Hospital Municipal por tempo indeterminado.
Além do caso de Viviane Jara, fomos informados que existem mais três sindicâncias abertas contra o mesmo médico, a pedido de pacientes. Emocionada, a presidente do Sinprefi defendeu: “Nós permaneceremos acompanhando, como representantes do sindicato, mas também, como amigos. Pedimos justiça, especialmente, em nome dos familiares. Quem conviveu com ela [Viviane Jara], sente a dor da falta que ela faz.”
“No nosso entendimento, houve um crime. Não podemos deixar que outras pessoas passem por isso. Estamos na expectativa de que essa conclusão venha esclarecer os fatos e que realmente o resultado seja encaminhado para que o médico responda perante o código de ética médico. Que seja encaminhado para o Ministério Público, porque temos um boletim de ocorrência,” afirmou dra. Solange.
Viviane Jara faleceu no dia 26 de fevereiro. Ela passou por uma cirurgia eletiva (pré-agendada) de retirada de útero dez dias antes, no dia 16 de fevereiro, no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, onde permaneceu internada. Graves complicações fizeram o quadro clínico dela se complicar, principalmente uma grande hemorragia devido ao rompimento de uma artéria ou veia uterina durante a cirurgia, conforme consta no prontuário. Por isso, foi necessário realizar uma segunda cirurgia de emergência e mantê-la internada. No dia 26 de fevereiro, a família foi informada sobre o falecimento que teria sido provocado por uma parada cardíaca.