SINPREFI PARTICIPA DE REUNIÃO COM PREFEITO E SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO

 

A reunião on-line foi hoje (14) cedo. Representantes do SINPREFI questionaram o prefeito Chico Brasileiro e a secretária de educação, Maria Justina, sobre o retorno das aulas presenciais a partir do dia 21 de junho, com o fim do recesso. O prefeito e a secretária da educação explicaram que, na quarta-feira (16), haverá uma reunião presencial na Fundação Cultural do “Comitê de Crise”, composto por técnicos de diversas áreas, incluindo saúde e segurança, além de representantes da Câmara de Vereadores e da SMED, entre outros. O prefeito e o vice-prefeito também deverão participar e, segundo Chico Brasileiro e Maria Justina, apenas nesse dia será possível saber se realmente estará seguro retomar as aulas presenciais e em que circunstâncias.

 

As líderes sindicais, Viviane Jara Benitez (diretora de políticas sindicais) e Marli Maraschin de Queiroz (presidente do SINPREFI) manifestaram preocupação em relação ao aumento expressivo no número de casos entre profissionais da educação no mês de maio, com a retomada do trabalho presencial em todas as unidades escolares e com o projeto-piloto de aulas presenciais em cinco unidades. Cobraram que mesmo os profissionais que não estejam atuando nas escolas do projeto-piloto recebam Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s) adequados para cumprimento da carga horária de trabalho presencial, incluindo máscaras do modelo N95.

 

Os representantes do executivo municipal pontuaram que praticamente todos os profissionais da educação já tomaram a primeira dose da vacina, o que ajuda a reduzir os riscos. Eles afirmaram que, se houver retomada das aulas presenciais, será de forma gradativa, como vinha sendo planejada e com monitoramento de sintomas e de casos.

 

As sindicalistas reforçaram que o momento ainda requer cuidados, que há profissionais internados em situação grave por consequência da COVID-19 e que nunca é possível afirmar se a contaminação foi em casa ou nos locais de trabalho, por isso as medidas que evitam contato físico e exposições desnecessárias ao risco são tão importantes para preservar a vida dos profissionais e da comunidade escolar. Elas relembraram que as UTI´s continuam lotadas e o que número de casos segue alto.

 

SINPREFI alegou que não recebeu informações oficiais sobre o número de casos, apesar de ofício solicitando essa informação, e que, na reunião do Conselho Municipal de Educação, na semana passada, foi relatado que houve pelo menos 50 casos positivados no mês de maio nas unidades de ensino. “Qual o critério para fechar escolas?,” perguntaram as sindicalistas. “Sabemos de casos em que a escola continua funcionando, apesar de grande número de casos. Fomos informados de um CMEI onde houve 9 contaminações e o espaço não foi fechado!”, disseram. Segundo elas, as duas escolas  foram fechadas a pedido dos diretores e não por interferência do setor de saúde. Também solicitaram vigilância em relação às escolas particulares.

 

O prefeito justificou que cada caso é analisado individualmente e que, nos casos em que há suspeita de que a contaminação foi na família, não se vê a necessidade de fechamento das escolas. Ele afirmou que há possibilidade de que sejam feitos testes rápidos para monitorar todos os envolvidos na retomada e iniciar acompanhamento cedo. “O governo do estado nos enviará 8 mil testes rápidos em que o resultado sai em 15 minutos para controle semanal”, disse o prefeito. Além disso, segundo ele e Maria Justina estão sendo licitados EPI´s com máscara N 95 fizemos até dezembro de 2021

 

AGENTES DE APOIO

Viviane Jara e Marli Maraschin também abordaram a situação absurda de convocação dos agentes de apoio para atuar diretamente no enfrentamento à COVID-19. “Situação triste e prejudicial para os profissionais que são da área da educação”, observaram as líderes sindicais. Elas relembraram que eles foram convocados no final da tarde para comparecer à reunião sobre isso no dia seguinte, sem que houvesse tempo hábil para que se organizassem. Disseram que são profissionais que ganham, em média, um salário mínimo, por isso muitos passaram pelo constrangimento de não terem nem condições financeiras para se descolar ao local do agendamento. Além disso, durante as reuniões de formação conduzidas por profissionais ligados ao setor de saúde, houve situações de assédio e desinformação.

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