Os diretores do Sinprefi solicitaram reunião com a Secretaria de Administração e com a Diretoria de Saúde Ocupacional (DISO) para tratar de questões relacionadas à saúde dos servidores da educação do município.

A conversa foi realizada no gabinete do secretário de Administração de Foz, Nilton Bobato, na manhã desta quinta-feira (15).

Participaram pelo Sinprefi: Viviane Dotto (presidente), Lucas Fávero (secretário), Simone dos Santos (diretora de patrimônio), Elaine Cardoso Teotônio (tesoureira), dra. Solange Machado (advogada); pela DISO: Carla Conrad Lima (diretora) e Emerson de Oliveira Souza (supervisor).

Atestados e licenças, acompanhamento do retorno dos servidores afastados às atividades, programa de prevenção à saúde do servidor, diminuição do tempo de afastamento, readequações na sistematização, plano de ação da DISO para o próximo semestre, atendimento… Esses e outros temas foram debatidos e esclarecidos pelos diretores.

“Os professores estão no limite”, desabafou a presidente do Sinprefi, Viviane Dotto. A preocupação do sindicato é com o aumento das reclamações sobre o atendimento da DISO. Os diretores do sindicato e a advogada pontuaram alguns casos de adoecimento somatório. “O servidor é afastado por uma causa inicial. No decorrer, outras doenças surgem pelo estresse de problemas secundários”, pontou dra. Solange Machado.

“Estamos sempre buscando um ponto de equilíbrio entre servidor com pedido de afastamento, instituição de ensino, gestão e saúde ocupacional. É um desafio, mas temos processos e critérios que vamos cumprindo, analisando cada caso”, esclareceu a diretora da DISO, Carla Conrad Lima. Ela comentou que não houve aumento na quantidade de atestados médicos, mas houve mudança no processo.

O supervisor da DISO esclareceu as mudanças por uma série de fatores analisados e avaliados pela equipe desde o começo do mandato, levando em conta indicadores e base de dados.

Os representantes da Diretoria de Saúde Ocupacional também comentaram sobre a readequação e reinserção dos servidores no retorno para o ambiente de trabalho, afirmando que esses processos passarão a ser acompanhados por um psicólogo.

Esclareceram que o médico perito avalia o caso e direciona, que algumas situações não correspondem a incapacidade total de trabalhar ou que o atestado seja por tempo indeterminado.

Quando questionado sobre os médicos “técnicos” (de especialidades como psiquiatria, ortopedia… ) para avaliar os casos de pedidos de afastamento, além do médico de medicina do trabalho, especialmente, na área de saúde mental – sendo tema que mais atinge servidores da educação atualmente – Nilton Bobato comentou da dificuldade que o município tem em credenciar profissionais como psiquiatras, por exemplo. “Eles não se credenciam”, disse ele.

Segundo Bobato, há previsão de oficinas sobre saúde mental e outras abordagens para o próximo semestre deste ano, para os servidores da educação, que serão preparadas pelas secretarias de Administração, Educação e DISO.

Outra possibilidade que o Sinprefi colocou é do aumento do abono assiduidade como incentivo aos servidores. Além da pauta direta com a DISO, ao final da reunião, os líderes sindicais cobraram sobre o vale-alimentação e a implementação dos itens do Plano de Cargos e Carreira do Magistério sem impacto financeiro.

Quanto ao vale-alimentação para servidores que recebem até R$ 2.500,00, pretendem aprovar na próxima semana. O segundo item, o secretário analisará nos próximos dias.

Continuaremos atentos acompanhando as ações e apresentando caso a caso para os diretores da DISO e para o secretário de Administração conforme tratado em reunião.