Na noite de ontem (03), Sinprefi realizou Assembleia Geral Extraordinária na Escola Professora Josinete Holler. Os dirigentes sindicais apresentaram, aos profissionais da educação, a resposta dada pela administração municipal em relação à reivindicação do pagamento do Piso Nacional do Magistério, conforme determina o Ministério da Educação e Lei Federal 11.738/2008.

O documento afirma que “seria prematuro estabelecer, neste momento, um
compromisso em ofertar uma proposta de reajuste salarial que deverá ser discutida, amplamente, durante o período do reajuste geral anual”, sem apresentação de proposta efetiva para a categoria, que já aguarda o reajuste de 2025 desde janeiro, quando, conforme a Lei Federal 11.378/2008, deve ocorrer o reajuste (além dos repasses atrasados dos anos anteriores que já somam aproximadamente uma defasagem de 18% no salário dos professores).

Um misto de indignação e revolta tomou conta dos profissionais que aguardam que o município de Foz do Iguaçu cumpra a lei que determina o pagamento do piso, desde 2021. “Estamos há quatro anos aguardando que o Piso Nacional seja uma realidade em Foz, é muito desgastante e frustrante ter que implorar para receber algo que é nosso direito,” afirma a presidente do Sinprefi, Viviane Dotto.

Havia muita esperança em relação ao novo governo municipal chefiado pelo General Silva e Luna que defendeu, durante a campanha, o pagamento do reajuste do Piso Nacional. “Um piso salarial que não é honrado, isso é até ilegal. Então se existe um valor mínimo que deve ser cobrado, e paga abaixo do mínimo, há uma dívida, uma dívida que pode ser cobrada até judicialmente. Então a minha percepção é que ‘sim’, tem que ser respeitado,” declarou o prefeito em entrevista a Maria Vitória de Moura, do Portal Diário de Foz, no dia 19/08/2024.

“Nós queremos esgotar todas as possibilidades de negociação antes de tomar uma medida mais drástica de buscar a Justiça para resolver a questão”, defende a assessora jurídica do Sinprefi, Solange Silva. “O problema é que a prefeitura não está sinalizando avanços e isso deixa a categoria muito descontente”.

Na Assembleia Geral de ontem foi deliberado que os profissionais da educação farão um ato público reivindicando o pagamento do reajuste de 6,27 para 2025 na remuneração dos profissionais. Será no dia 26 de abril, um sábado, nas proximidades da Ponte da Amizade, para que a população seja informada do desrespeito que está ocorrendo em relação ao salário dos educadores. A categoria iniciará também, campanha nas mídias sociais de informação e conscientização da comunidade escolar, como por exemplo: entrega de materiais, confecção de cartazes, faixas, entre outras ações.