Nesta manhã (29), na Praça da Paz, em Foz do Iguaçu, representantes do SINPREFI apoiaram a paralisação dos educadores da Rede Pública Estadual de Ensino. O evento foi organizado com o intuito de relembrar a repressão sofrida pelos servidores em 2015, em Curitiba, no episódio que ficou conhecido como o “Massacre 29 de abril”.
O ato também manifestou rejeição à reforma da Previdência. Em fala a todos os manifestantes, Marli Maraschin de Queiroz, presidente do SINPREFI, afirmou: “Os educadores que aqui estão, hoje, são heróis! Os professores estão adoecendo em sala de aula pela retirada de direitos, porque havia esperança de aposentadoria e hoje não se tem. Em Foz do Iguaçu, temos um fundo sem fundo, onde a maioria dos professores e funcionários do município não terá com o que contar no final da sua carreira.”
Além da presidente do sindicato estavam presentes também: Viviane Jara Benitez, diretora de políticas sindicais do SINPREFI e Elaine Cardoso Teotônio, diretora pedagógica do sindicato. #SINPREFI #paralisação #educadores #massacre
Confira reportagem completa sobre a mobilização:
(Fonte: APP-Sindicato/Foz)
Educadores, agentes universitários e estudantes protestam por valorização da educação
Ato unificado relembrou repressão contra servidores e rejeitou a reforma da Previdência.
Educadores da rede estadual, professores, acadêmicos e agentes universitários da Unioeste/Foz, docentes e estudantes da Unila paralisaram as atividades nas instituições de ensino nesta segunda-feira, 29. Unificadas, essas categorias fizeram ato público na Praça da Paz, em Foz do Iguaçu.
A mobilização foi realizada pela APP-Sindicato, Sesunila, Adunioeste Sinteoeste e colegiados estudantis da Unila e da Unioeste/Foz. Também participaram do protesto educadores e alunos indígenas, trabalhadores da socioeducação, representantes do Sinprefi, Sismufi, Fenasps, DCE da Unioeste/Foz, Coletivo Fagulha e de movimentos sociais.
Nas escolas da rede estadual de Foz do Iguaçu e região, a paralisação total ou parcial atingiu 85% dos estabelecimentos de ensino. No campus da Unila do Jardim Universitário e na Unioeste/Foz, pela manhã, a paralisação foi completa e não teve aula.
Conforme a presidenta da APP-Sindicato/Foz, Cátia Castro, a valorização da educação, a defesa da autonomia e de orçamento adequado para as universidades públicas e a pauta trabalhista dos servidores do Paraná foram reivindicações de consenso. O movimento ainda protestou contra a reforma da Previdência.
“É dia de rememorar a trajetória de luta dos servidores paranaenses e de cobrar do governador Ratinho Júnior que ele cumpra a sua promessa concedendo reajuste ao funcionalismo. É o início, ainda, de um grande movimento unificado contra a reforma da Previdência”, destacou Cátia.
Aposentadoria, pauta unificada
Representante da Adunioeste, Silvana Souza enfatizou a importância da mobilização de educadores e estudantes em torno das pautas da escola e das universidades públicas. Ela defendeu um amplo diálogo com a sociedade para se evitar a aprovação da reforma da Previdência.
“Quem já se aposentou, quem recebe pensão, quem está entrando no mercado de trabalho ou está perto de se aposentar: todos sairão perdendo com a reforma da Previdência. Só o povo na rua conseguirá evitar a aprovação desse projeto”, declarou Silvana.
Representante da Comissão Docente de Paralisação da Unila e da Sesunila, Clécio Mendes apontou que a mobilização de várias categorias juntas representa a convergência contra uma série de reformas, principalmente a da Previdência.
“As atuais políticas governamentais propõem um conjunto de reformas, como foi a trabalhista e agora a da Previdência. Logo virá a reforma da educação. Nosso movimento é uma convergência de várias lutas e em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade”, disse Clécio.
Projeto de educação
Professora do Colégio Estadual Indígena Teko Ñemoingo, de São Miguel do Iguaçu (PR), Délia Takua Martines defendeu a união de todos os educadores em torno da educação pública. Ele disse que a população indígena é contra a eventual municipalização de serviços como educação e saúde, conforme foi sugerido por integrantes do Governo Federal.
“Indígenas e não indígenas, nós somos todos educadores e precisamos ser unidos. A educação leva conhecimento e ajuda a nos colocarmos no lugar do outro. O que o professor ensina na escola se leva para a vida. Os governos não sabem qual é importância do papel do educador”, ponderou Délia.
Presidenta do DCE da Unioeste/Foz, Daiana Carolina Becker defendeu que os governos devem valorizar a educação e rever as suas políticas e projetos educacionais. Segundo ela, essas proposições não atendem às necessidades da sociedade.
“Esse movimento da educação é para dizer não à precarização. É para dizer aos governos que suas políticas educacionais não nos representam e nem respeitam nossos direitos. Falo não apenas com dirigente estudantil como também na condição de futura pedagoga”, ressaltou Daiana.
Em Foz e Curitiba
Além do ato em Foz do Iguaçu, servidores públicos e estudantes também participaram da manifestação estadual da educação em Curitiba (PR), na manhã desta segunda-feira, 29. Dois ônibus foram usados para o deslocamento dos educadores(as).