Depois de quase 3 meses de espera, Marli Maraschin de Queiroz (presidente do SINPREFI) e Ana Délia Santos Carlos (membro da diretoria do SINPREFI) enfim participaram de reunião com o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro para tratar, principalmente: do Plano de Carreira dos Profissionais da Educação, da inclusão dos secretários de escola no plano, do pagamentos dos profissionais que exercem Carga Horária Suplementar (CHS), entre outros assuntos que constam na Pauta de Negociação.
Foi autorizada apenas a presença das duas líderes sindicais em função das medidas restritivas à aglomeração de pessoas impostas por decretos municipais pela propagação do COVID-19 (Coronavírus) em Foz do Iguaçu. Além do prefeito, o secretário da fazenda, Ney Patrício acompanhou a reunião.
O CENÁRIO ATUAL
O prefeito Chico Brasileiro abriu a reunião traçando o panorama criado pela confirmação do primeiro caso de Coronavírus no município. “O cenário é totalmente incerto,” disse ele, “não há como dar garantia alguma nesse momento.” Chico Brasileiro informou que até ontem (19), Foz do Iguaçu tinha 29 casos suspeitos em análise. Os resultados desses exames, segundo ele, serão determinantes para as próximas ações do executivo municipal, o que inclui as decisões relacionadas aos profissionais da Educação.
Durante os 15 minutos iniciais, o prefeito detalhou as medidas que estão sendo analisadas nas áreas de saúde e arrecadação de impostos, especialmente, para suprir as contas públicas do município neste momento. Ele afirmou que a previsão é de prejuízos milionários nos cofres do município relacionados aos efeitos do Coronavírus.
PAGAMENTO DA CARGA HORÁRIO SUPLEMENTAR (CHS) OU DESDOBRAMENTO
– “A pergunta é: quem já tem os retroativos e não recebeu, vai receber?” – pontuou Marli Maraschin de Queiroz.
Chico Brasileiro respondeu que o executivo municipal está “segurando” todos os compromissos já assumidos, mas ainda não implantados. “A implantação depende da segurança financeira,” justificou. De acordo com o prefeito, este mês (março) a arrecadação ainda deverá ficar estável e o pagamento do mês da Carga Horária Suplementar (CHS ou desdobramento) será feito. Não há garantias em relação aos próximos meses. A presidente do SINPREFI considerou que os profissionais da Educação não têm como adivinhar que iriam ficar sem PARTE do pagamento e que “com certeza já assumiram compromisso”. Diante disso, a assessoria jurídica do SINPREFI irá tomar as medidas cabíveis.
A presidente do SINPREFI insistiu, afirmando que o sindicato está em busca de negociação, que esse movimento não pode parar. “Muitas vezes esperamos meses por uma resposta para marcar uma reunião,” afirmou ela, “e isso não pode ser assim.” Marli defendeu que as reivindicações dos profissionais da Educação precisam ser tratadas com mais atenção e disposição por parte do executivo municipal.
REFERÊNCIA PARA OS SECRETÁRIOS DE ESCOLA
Ana Délia Santos Carlos (representante dos funcionários da Educação) que atua como secretária de escola também intercedeu: “Prefeito, você sabe que o secretário de escola é o coração da escola. Estamos batalhando por nossas referências há anos, de maneira pacífica e ordeira. Por que não há uma proposta, uma tentativa de negociação? Havia um compromisso desta gestão em relação a isso. A comissão do Plano de Carreira incluiu os secretários no Plano de Carreira dos Profissionais da Educação. Precisamos que isso seja efetivado!”
O prefeito reconheceu o compromisso e pediu que o sindicato volte para uma reunião onde serão apresentadas respostas mais efetivas no dia 31.03 (terça-feira). O posicionamento do prefeito Chico Brasileiro será encaminhado ao SINPREFI, por escrito, na segunda-feira, com o agendamento oficial da próxima reunião.