EDUCADORES DE PRETO EM PROTESTO PELOS ATRASOS DA DATA-BASE E OUTRAS PENDÊNCIAS
O SINPREFI apoia o movimento de um grupo de professores de escolas e CMEI´s que têm se manifestado via redes sociais e convocado os demais colegas para uma MOBILIZAÇÃO PACÍFICA, A PARTIR DE AMANHÃ (12/11), USANDO CAMISETAS PRETAS, DURANTE O HORÁRIO DE TRABALHO.
O ato é em protesto, entre outras coisas, contra o atraso no pagamento da data-base, direito resguardado por lei e que não vem sendo respeitado nos últimos anos pela atual gestão. Em agosto, os profissionais da educação decidiram, em assembleia, lutar pelo pagamento dos atrasados com correção e organizar mobilizações para informar a população sobre as pendências que a prefeitura tem com os educadores.
No Dia do Professor (15/10) e no Dia do Servidor Público (28/10), líderes do SINPREFI foram para a frente da prefeitura com cartazes informando que já eram quase 900 dias sem receber os valores de direito.
Por isso, estamos em LUTO e LUTA na educação: em consideração aos professores da ativa e aposentados que não receberam NADA.
Segue, na íntegra, o texto que vem sendo compartilhado pelos nossos colegas para conhecimento de todos:
“Não sei se todos tem acompanhado nossa incansável tentativa em receber alguns direitos que estão paralisados principalmente no caso dos CMEIs. Estamos desde 2019 tentando receber os valores de data base, que ainda não foram pagos, e naquele ano ainda nem estávamos enfrentando a pandemia do Covid 19. Porém, até hj já se acumularam a data base de 2019, 2020 e de 2021. Por enquanto só recebemos prazos e promessas.
É inegável que principalmente depois da pandemia os preços de TODOS OS PRODUTOS subiram nas alturas, e o custo de vida está absurdamente mais alto. Porém com os salários paralisados e condições de trabalho nem sempre tão dignas, nós professores resolvemos nos organizar e demonstrar o nosso desconforto diante da situação da nossa cidade.
Pagamento dos valores estabelecidos por lei, referente a Data Base anual, que desde 2019 está em atraso, recebemos vários prazos e datas de regularização, porém até hoje, praticamente 3 anos depois, ainda não recebemos 1 centavo deste valor.
Implementação das horas de cursos, que os professores realizam a cada 2 anos, porém nesta última gestão, estamos com dificuldades no recebimento.
Pagamento total dos valores referentes às conclusões de faculdade, pós graduação e mestrado dos últimos anos. O estatuto do servidor prevê este avanço, porém a prefeitura está com dificuldade em garantir.
LRCOM, livro de chamada digital, que foi implantado no segundo semestre de 2021, porém os professores da educação infantil utilizam os seus próprios aparelhos de celular em sala de aula para fazer o registro. A administração tem a disponibilidade de alguns computadores ( a maioria nem funciona corretamente), porém não há como TODOS os professores da escola/Cmei utilizarem os mesmos computadores para realizar a chamada nos dois turnos. Seria preciso “formar fila” para cada professor registrar a sua chamada na sala dos professores. Pelo menos duas vezes ao dia.
Atendimento aos professores da educação especial igualitário, como os professores das outras modalidades. Como por exemplo: acesso aos Tablets para preenchimento do LRCOm, Acesso aos cursos, etc. Não pelo fato de serem cedidas, que deixaram de ser servidores da prefeitura.
Reconhecimento dos agentes de apoio como profissionais da educação, e pagamento do salário dentro do que está previsto em lei. ( piso nacional).
Disponibilização de um professor apoio especializado para auxiliar no trabalho com crianças PCDS que necessitam de auxílio nas atividades dentro da escola. Muitas crianças que tem esse direito, por vezes não conseguem devido à dificuldade em contratação por parte da administração.
Acompanhamento e encaminhamento na área da saúde para os alunos que necessitam. Muitas vezes nossos alunos ficam ANOS aguardando uma consulta com médicos especialistas, colocando em risco desenvolvimento escolar dos mesmos. Entendemos que essa demora pode gerar prejuízos na vida da criança como um todo.
Acolhimento humanizado das demandas dos profissionais da educação. Neste momento pós pandemia, por vezes nos dedicamos às aulas até no período noturno, visando garantir o melhor desenvolvimento das crianças, porém, quando necessitamos de algum apoio, muitas vezes nos vemos desamparados e sobrecarregados.
A ideia é trabalhar utilizando uma camiseta preta, como forma de expressar o nosso descontentamento. Estamos exaustos, cansados de espera. Chegamos ao fim da paciência e queremos ver as promessas sendo colocadas em prática.”